Patrícia Menegaz de Farias
Acadêmica do curso de Agronomia da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL.
patricia_menegaz@yahoo.com.br
“Propõe que o desenvolvimento agrícola, implica na realização de mudanças integrais e profundas, abrangendo uma distribuição adequada dos recursos naturais e dos meios de produção em geral (GASTAL et al, 2002)”.
Quando se faz um relato sobre agricultura familiar pressupõe-se uma mudança na postura da assistência técnica, pois no molde tradicional o técnico é um grande entendido e especialista, diferente do que se propõe, do técnico ser um agente de desenvolvimento. É fato que atualmente a discussão sobre a agricultura familiar está ganhando uma maior legitimidade social, política e acadêmica, principalmente no Brasil.
Em termos de desenvolvimento sustentável sob o espectro da agricultura familiar deve-se demonstrar o paradigma entre as duas linhas de discussão referentes a este desenvolvimento, sendo o antropocentrismo e o biocentrismo, as quais tratam da economia e da ecologia, respectivamente. Sendo assim, o desenvolvimento sustentável parte do pressuposto da conciliação de um desenvolvimento econômico com a preservação ambiental. Referindo-se principalmente às conseqüências dessa relação na qualidade de vida e no bem-estar da sociedade, tanto presente quanto futura. (GASTAL et al, 2002).
Atividade econômica, meio ambiente e bem-estar da sociedade formam o tripé básico no qual se apóia a idéia de desenvolvimento sustentável. O desenvolvimento rural está diretamente relacionado ao desenvolvimento econômico (BREITENBACH et al BARÉA, 2006).
No contexto da modernização da agricultura em seu processo tecnológico deve-se entender que as mudanças tecnológicas são necessárias, tanto no âmbito econômico como no social. E que forma um conjunto de propostas cujo objetivo é a elevação da produtividade agrícola pela transformação de suas técnicas e por difusão de métodos de cultivo. Pode-se dizer que a tecnologia tem um papel fundamental relacionado a melhoria das condições de vida, por estar intimamente ligada ao dia-a-dia da população em geral.
Uma outra mudança para a implantação do processo de apoio ao desenvolvimento da qualidade das organizações de produtores é o perfil do técnico e conseqüentemente uma mudança no perfil da organização. Em relação ao perfil técnico aprimorar o perfil extencionista com a noção de educador, visando não apenas a parte técnica da propriedade, mas também o lado social da família rural (GASTAL et al, 2002).
E na mudança do perfil da organização utilizar o método de motivação e participação na construção coletiva da realidade e na busca de soluções de problemas. Necessitando de técnicos e lideranças, planejamento, organização dentro da própria associação, tempo e paciência. Com as organizações de produtores possibilita-se o acesso a infra-estruturas coletivas de produção.
Fazendo uma relação entre agricultura familiar – desenvolvimento sustentável – organizações de produtores, pode-se ser dita como um conjunto de idéias que se associadas cria-se oportunidades para o sucesso da agricultura como um todo.
Diante disso, nos remete a pensar que a escolha da agricultura familiar esta relacionada com a multifuncionalidade da mesma, que além de produzir alimentos e matérias-primas gera uma maior ocupação no setor rural. Favorecendo desta maneira a associação com o desenvolvimento sob a necessidade de construir uma agricultura mais sustentável que considere os aspectos sociais e ambientais, além dos aspectos econômicos.
Referências Bibliográficas:
BREITENBACH, R. ;BARÉA, N.M.M.S. Apreciação de um projeto de desenvolvimento rural sob a ótica da sustentabilidade. 2006. Disponível em:http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/IIseminario/pdf_praticas/praticas_22.pdf Acesso em: 10 abril 2009.
GASTAL, M. L.; XAVIER, J.H.V.; ZOBY, J.L.F. Organização de Produtores e Desenvolvimento Rural. Planaltina, DF. Embrapa Cerrados, 2002.
[grwebform url=”http://app.getresponse.com/view_webform.js?wid=3381303&u=SK7G” css=”on”/]