Aspectos relacionados à produção acompanham diretamente o conjunto de preocupações dos administradores, não somente em relação ao ambiente produtivo, mas também, diretamente na dinâmica dos aspectos externos gerais vinculados aos núcleos de mudança da organização. O custo com investimentos voltados para a qualidade ambiental, no âmbito empresarial representa um índice significativo de recursos financeiros da instituição. Esses investimentos são voltados para atividades diferenciadas, tais como:
- Treinamentos internos sobre qualidade, meio ambiente e as normas ISO.
- Pagamento realizado para consultorias externas, responsáveis pela implementação do processo de certificação.
A ampliação do conhecimento sobre os custos da qualidade ambiental ocorreu em função de referenciais bibliográficos voltados para o controle da qualidade, disponibilizando suporte aos procedimentos de aprimoramento, assim como à medição da qualidade das organizações.
Primeiramente, segundo Campos, a conceituação, dos custos de qualidade, não deveria existir em casos onde o produto tivesse sua fabricação perfeita, já na primeira tentativa. Assim, enfatizava o fato de que se não houvesse erros na fase de produção, e que se já previssem a preservação ambiental, não seria preciso investir em ações para refazer o trabalho, sendo possível evitar o desperdício e outras perdas possíveis da produtividade.
Ressalta-se que os custos de qualidade ambiental são importantes indicadores de avaliação das perdas que estão ocorrendo na empresa ou das que ainda poderão ocorrer. Dessa forma, entende-se que eles almejam a identificação e apontamento das principais falhas presentes nos processos produtivos, juntamente com os custos necessários para prevenir as consequências das referidas falhas.
É possível se compreender os custos de qualidade ambiental como sendo aqueles vinculados com aspectos administrativos da qualidade e da gestão do meio ambiente e dentre eles citam-se:
- Definição, criação e controle da qualidade ambiental;
- Avaliação e retroalimentação da conformação da qualidade ambiental;
- Garantia e requisitos de segurança;
- Falhas nos aspectos da produção;
- Falhas percebidos somente quando o produto já está com o cliente;
- Satisfação do cliente.
Assim, conforme Rosa (1998), quando se trata exclusivamente da qualidade, os custos podem ser apresentados com dois deferentes direcionamentos:
1º Direcionamento: Custos do Controle, caracterizados como prevenção e avaliação.
2º Direcionamento: Custos de Falhas no Controle, voltados para as falhas internas e externas.
Faz-se necessário explanar sobre cada um deles, como segue:
a) Custos de Prevenção
Estes custos referem-se ao total do conjunto global de custos associados às ações direcionadas para planejar o processo, visando a garantia de que não irão ocorrer erros ou falhas.
Exemplo: elaboração de um processo de produção sem falhas / planejamento de um produto estável/manutenção preventiva/investimento em treinamento e desenvolvimento de colaboradores/custos de aprimoramento do relacionamento com fornecedores almejando melhora na qualidade dos insumos negociados.
b) Custos de Avaliação
São os custos vinculados com a verificação no índice de qualidade alcançado pelo sistema. Estão associados diretamente com a inspeção para garantir que as demandas e necessidades dos clientes serão contempladas.
Exemplo: teste e inspeção de protótipo/de recebimento/auditoria de qualidade em produtos finalizados / inspeção no transcorrer do projeto.
c) Custos de Falha Interna
Indicam os custos que foram empregados na fabricação que apresentou falha, antes da chegada do produto ao cliente.
Exemplo: refugo/retrabalho/reparo/re-inspeção de trabalho/paralisação por falhas/oportunidades de vendas perdidas por falta de estoque.
d) Custos Externos
Estão vinculados à disponibilização de produtos com falhas para o consumidor.
Por exemplo: devoluções/cancelamentos/processos judiciais/perda da fidelidade do cliente/ajustes na garantia.
Portanto, investir em qualidade e projetos voltados para o aprimoramento gera ganho financeiro para a organização. Se isso não ocorresse, eles não seriam justificáveis. De maneira geral, enfatiza-se a ferramenta dos custos de qualidade como imprescindíveis na detecção dos aspectos que demandam mais atenção e viabilizam retorno mais significativo para empresa.