A Argentina trata somente 12% dos efluentes que lança nos seus rios

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Em rios como o Paraná e o da Prata se identificam localidades cujos efluentes são lançados sem nenhum tratamento prévio

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O governo argentino apresentou recentemente um informe sobre o estado do meio ambiente na Argentina em 2016, esse estudo revela que somente 12% dos efluentes coletados no país são tratados antes de serem lançados nos rios e que a maioria das cidades não conta com controles contínuos da qualidade do ar.

O estudo apresentado pelo Ministério do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável argentino, inclui a situação dos recursos naturais do país austral, seu estado de conservação e o impacto que causou a ação do homem sobre eles.

O responsável pela pasta, Sergio Bergman, assegurou que o estudo diagnosticou questões que “devem ser revertidas” e permite conhecer a situação porque, na sua opinião, “sem medição” não se pode dizer a “verdade”, nem implementar políticas efetivas.

Estado da água

A respeito do estado da água, o estudo cita que em rios como o Paraná e o da Prata se identificam localidades cujos efluentes são lançados sem nenhum tratamento prévio e sinaliza que ainda que muitas cidades possuam estações de tratamento de esgotos, “a maioria não está operacional ou contam com um estado de manutenção deficiente”.

Mesmo assim, assinala que mais de 80% dos argentinos tem ligação domiciliar a uma rede de água potável enquanto que quase metade da população possui ligação domiciliar com uma rede de esgoto.

Durante a sua intervenção, o ministro insistiu que a potabilidade da água e o seu tratamento são uma questão de “direitos humanos”.

Por outro lado, o informe indica que 106 milhões de hectares no país estão afetados por “diferentes processos de erosão” e que 30% da Argentina tem solos degradados.

Com relação às florestas, Bergman assegurou que os níveis de desmatamento são “preocupantes” e, na sua opinião, a solução não está só em aumentar a dotação orçamentária, que foi aumentada no último ano, mas em cuidar dos 27,3 milhões de hectares de florestas nativas existentes.

O estudo se divide em dados do meio natural e do meio antrópico, onde se analisam questões como como as atividades produtivas, a mudança climática e o tratamento dos resíduos.

Se trata do primeiro informe sobre o assunto elaborado pelo governo de Mauricio Macri em cumprimento a uma lei sancionada em 2002, que obriga o executivo a realizá-lo, e que durante a presidência de Cristina Kirchner (2007 a 2015) só foi publicado em 2012.

Acesse aqui o “Informe del estado del ambiente 2016”.

Fonte: Aguas Residuales, adaptado por Portal Tratamento de Água – www.tratamentodeagua.com.br


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