Declarações do sociólogo suíço Jean Ziegler, relator especial da ONU pelo direito à alimentação, classificou a produção maciça de biocombustíveis de “crime contra a Humanidade” e “hecatombe anunciada”, mais do que uma constatação no momento em que declaradamente o mundo vive uma crise de alimentos, tais afirmações servem de alerta e reflexão sobre o jogo de interesses no cenário mundial.
Uma maciça produção de biocombustíveis, estimulada pelo preço do barril do petróleo mais do que pela redução da queima de combustíveis fósseis, com certeza afetaria a produção de alimentos, em maior ou menor escala.
Não se concebe em um País continental como o nosso Brasil, que áreas hoje voltadas para a agricultura alimentar se transforme em “indústrias agrícolas de energia” fadando a escassez de alimentos as populações historicamente menos favorecidas.
Existe, sem dúvida, espaço agricultável e potencial empreendedor para coexistência das duas produções, e fazer deste País o tão sonhado celeiro do faminto mundo.
O perigo porém ainda não foi denunciado, embora tenhamos boas áreas, mão de obra e espírito empreendedor, não estamos preparados para fornecer insumos a qualquer que seja o aumento de produção agrícola. As reservas de potássio e fósforo em especial não estão aptas para atender a demanda.
Por outro lado, a busca mundial, muito mais que por alimentos, é por energia, e a energia nuclear, a vilã do século passado, cada vez mais se apresenta como uma alternativa limpa e viável.
Aqui também a mineração é fator de preocupação, entre as cinco maiores reservas de urânio, o combustível das usinas nucleares, o Brasil não tem se preparado para o anunciado aumento da procura. Detentor do conhecimento do enriquecimento, que agrega valor ao produto, o Brasil não está incentivando a industrialização, pelo contrário, a falta de regulamentação e a desatenção sobre o assunto, vêm possibilitando às mineradoras estrangeiras o controle de nosso solo.
Quer o biocombustível, quer a energia nuclear, nosso solo tem que estar preparado para o crescimento mundial, se atenção não for dada ao assunto estaremos fadados a permanecer como o País do futuro.
Não se concebe em um País continental como o nosso Brasil, que áreas hoje voltadas para a agricultura alimentar se transforme em “indústrias agrícolas de energia” fadando a escassez de alimentos as populações historicamente menos favorecidas.
Existe, sem dúvida, espaço agricultável e potencial empreendedor para coexistência das duas produções, e fazer deste País o tão sonhado celeiro do faminto mundo.
O perigo porém ainda não foi denunciado, embora tenhamos boas áreas, mão de obra e espírito empreendedor, não estamos preparados para fornecer insumos a qualquer que seja o aumento de produção agrícola. As reservas de potássio e fósforo em especial não estão aptas para atender a demanda.
Por outro lado, a busca mundial, muito mais que por alimentos, é por energia, e a energia nuclear, a vilã do século passado, cada vez mais se apresenta como uma alternativa limpa e viável.
Aqui também a mineração é fator de preocupação, entre as cinco maiores reservas de urânio, o combustível das usinas nucleares, o Brasil não tem se preparado para o anunciado aumento da procura. Detentor do conhecimento do enriquecimento, que agrega valor ao produto, o Brasil não está incentivando a industrialização, pelo contrário, a falta de regulamentação e a desatenção sobre o assunto, vêm possibilitando às mineradoras estrangeiras o controle de nosso solo.
Quer o biocombustível, quer a energia nuclear, nosso solo tem que estar preparado para o crescimento mundial, se atenção não for dada ao assunto estaremos fadados a permanecer como o País do futuro.
Autor: Paulo Queiroz Neto: Paulo Queiroz Neto, é Tenente Coronel R/1 do Exército Brasileiro, é Mestre em Ciências Militares e Psicopedagogo e, graduando em Geociências e Educação Ambiental pela Universidade de São Paulo e Juiz Arbitral.