Se você já se deparou com uma vitrine ou com um provador de roupas on-line, tem uma ideia de como o avanço da tecnologia tem impactado o comércio. Esse é apenas um exemplo de como a forma de vender passou por profundas transformações. O comércio on-line, ou e-commerce, vem crescendo de forma acelerada, especialmente após o impulso trazido pela pandemia da covid-19.
A partir da revolução tecnológica trazida pelo boom da inteligência artificial (IA), então, o comportamento dos consumidores passou a exigir padrões mais elevados de conveniência, personalização e agilidade. Assim, as empresas varejistas tiveram que mudar sua apresentação e suas operações, e isso trouxe à tona uma série de otimizações de processos, melhorias na experiência do cliente e aumento de competitividade.
No Brasil, gigantes do setor, como a Magazine Luiza (MGLU3), estão investindo intensamente em inovações tecnológicas para acompanhar essa transformação. Empresas que usam IA para personalizar a experiência do usuário e integrar diferentes canais de venda tendem a se destacar no mercado. Além disso, usar dados para prever tendências e otimizar a logística é cada vez mais comum e aumenta os potenciais de crescimento entre varejistas.
Este conteúdo não é uma recomendação de investimento.
O impacto da IA no varejo
A inteligência artificial está revolucionando o varejo de diversas formas, desde o atendimento automatizado e a personalização de ofertas até a otimização da cadeia de suprimentos. Essas são algumas das principais aplicações da IA no setor:
- Atendimento ao cliente: Chatbots e assistentes virtuais diminuem o tempo de resposta e melhoram a experiência de compra.
- Personalização da experiência: Algoritmos extraem dados de comportamento dos consumidores e os transformam em recomendações mais certeiras de produtos.
- Logística: tecnologias como IA e Machine Learning otimizam o controle de estoque, minimizando perdas e melhorando a eficiência das entregas.
- Precificação dinâmica: Empresas utilizam IA para ajustar preços em tempo real, de acordo com a demanda e a concorrência.
Com esses avanços, o varejo se torna cada vez mais orientado por dados, permitindo que empresas tomem decisões mais rápidas e estratégicas.
Omnichannel: a fusão entre on-line e off-line
O conceito de omnichannel tornou-se essencial no varejo moderno. Ele nada mais é que a união de ambientes on-line e off-line para oferecer experiências de compra mais fluidas e eficientes. O que os consumidores de hoje querem é navegar por diferentes plataformas de compra de um jeito rápido e dinâmico. Assim, uma jornada de consumo pode começar, por exemplo, em um aplicativo, continuar em uma loja física e ser concluída no site oficial da mesma marca.
Empresas que investem em boas estratégias omnichannel geralmente conseguem aumentar a fidelização dos clientes, oferecer maior conforto e reduzir atrasos no processo de compra. Além disso, a integração entre diferentes canais traz uma visão mais ampla do comportamento do consumidor, possibilitando novas ações de marketing e vendas mais precisas.
Marketplaces: um modelo em expansão
Plataformas on-line que funcionam como uma espécie de shopping virtual são chamados de marketplaces. Esse conceito revolucionou o setor do varejo ao permitir que diversas marcas e vendedores usem o mesmo ambiente on-line com o objetivo de comercialização, o que aumenta a competitividade e tende a reduzir preços. Outra grande vantagem desse modelo é a possibilidade de uma marca atuar gastando menos, já que não depende mais de um ambiente e de uma estrutura física.
Algumas das maiores empresas varejistas do Brasil, como o Mercado Livre, a Shopee, a Amazon, a Temu, a OLX, a Shein e a própria Magazine Luiza, vêm investindo no expansão dos seus marketplaces. Essa é uma corrida entre gigantes, que disputam a atenção, a fidelidade e os dados dos consumidores.
Por isso, as empresas estão investindo em jogadas estratégicas, como a hiperpersonalização da comunicação, o uso de redes sociais como canais de vendas e maior foco em aplicativos para smartphones..
Desafios da transformação digital no varejo
Apesar de ter trazido diversas melhorias, a digitalização do comércio também é acompanhada por grandes limitações. Para haver a devida adaptação às mudanças tecnológicas da “nova era da IA”, são necessários investimentos profundos em capacitação profissional e na transformação da cultura organizacional das companhias.
A proteção de dados é outra grande questão. Com o uso crescente de inteligência artificial e análise de big data, as empresas precisam reforçar seus protocolos de segurança. Assim, conseguirão garantir que as informações dos consumidores sejam protegidas de forma adequada.
No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é uma ferramenta central para que as empresas cumpram essa tarefa, pois ela estabelece regras específicas para que a coleta e o tratamento de dados pessoais sejam legítimos e consentidos pelo cliente ou lead. A LGPD também garante que direitos relacionados a dados sensíveis sejam respeitados pelas empresas.
O futuro do varejo e a consolidação da IA
A tendência é que a IA continue evoluindo a passos largos e se torne cada vez mais indispensável no varejo. Futuros aprimoramentos na capacidade de prever dados deverão fazer com que empresas sejam cada vez mais precisas em antecipar comportamentos de consumo. Enquanto isso, soluções de automação deverão se tornar cada vez mais eficientes.
O uso da realidade aumentada também deve impactar cada vez mais as vendas de produtos, transformando o ato de comprar em uma experiência imersiva. Um exemplo de uso dessa tecnologia é o Tour virtual imersivo em 3D ou 360 graus, permitindo que o usuário visualize espaços ou produtos sob diferentes ângulos e perspectivas.
O setor varejista está em constante adaptação. Logo, empresas que conseguirem somar inteligência, tecnologia, inovação e uma experiência de compra diferenciada devem ter mais chances de se destacar no mercado.