Pelo que se tem notícia, desde que a vida surgiu na face da Terra há cerca de três bilhões e meio de anos, nenhuma outra espécie biológica foi capaz de provocar desequilíbrios ecológicos na proporção e magnitude da atual crise ambiental. (LAYARGUES in SANTOS & SATO, 2006, p. XIII).
A prioridade tem sido individualista, consumista, sem preocupação com as consequências e a evolução da problemática sócio- ambiental.
Como seres individuais precisamos entender que não podemos mutilar a realidade (ambiente). Simplesmente existem outros seres vivos, outras gerações. A gradativa destruição do meio ambiente provocada pelo ser humano representa uma ameaça a todas as espécies vivas. O grande desafio é possibilitar através do estudo, da interdependência e da sustentabilidade, que a preservação da qualidade de vida e da própria sobrevivência das espécies depende da mudança no atual modelo predatório de desenvolvimento econômico, usando os recursos naturais levando em conta os danos do meio ambiente.
Quando falamos em meio ambiente nos lembramos mais facilmente da natureza. Isso é a consequência de estarmos todos muito mais acostumados a relacionar meio ambiente com a preservação da natureza. Pois, ainda é inerente do ser humano não se achar parte deste Ecossistema chamado Terra. Na minha experiência como Educadora ainda ocorre situações que já eram para estar solucionadas ou pelo menos teorias e mais ações. Trabalho muito com crianças e vejo que elas ainda não têm noção do que acontece ao seu redor, mesmo tendo aula de Biologia que se diria “apropriado” para esta educação, mas que na verdade não é. Sabemos que tem de ser interdisciplinar, com colegas, pais, comunidades.
Nosso corpo, nosso organismo também precisa de equilíbrio e, assim como a natureza, precisa ser respeitada em seu funcionamento e sua dinâmica. A Educação Ambiental é um instrumento para esta transformação, do funcionamento da sociedade. A vida das gerações futuras depende das escolhas que nós seres humanos fizermos em nossa própria vida. As adaptações são fruto de milhares de anos de modificações nos seres vivos.
Assim qualquer alteração no meio ambiente pode ser fatal para uma ou mais espécies. A população humana mundial vem crescendo assustadoramente, com isto, além da queda na qualidade de vida, esse aumento urbano, constitui grave ameaça ao meio ambiente e este é uma das origens dos grandes problemas ambientais atuais. Pois, os seres humanos fazem uso inadequado dos nossos recursos naturais.
A Educação Ambiental deve ser explorada em todas as disciplinas da escola, para assim, despertar maior interesse nos alunos e fazer que eles revejam seus atos e suas ações sobre o meio onde vivem. Assim relata a autora Sato (2004, p. 24): “a Educação Ambiental tem sido identificada como transdisciplinar, isto é, deve permear todas as disciplinas do currículo escolar”. A mesma autora diz que é importante agir com criatividade na implantação de novas metodologias e deixar de lado os velhos modelos tradicionais de ensino e buscar sempre novas alternativas, sendo o professor o fator-chave para mediar a aprendizagem.
Por isto se faz necessário a interação, equilíbrio e a harmonia entre o ser humano e o seu meio. A tendência atual aponta para uma nova visão. Uma pessoa deve desenvolver sua visão como um todo, considerando os mais diversos pontos de vista – físicos e mentais , individuais e sociais, éticos e morais.
A Educação Ambiental pressupõe a solidariedade. Precisamos ser amigos e fraternos com os seres humanos e a infinidade de outros seres que habitam o Planeta . Isso se quisermos garantir a continuidade da vida, se quisermos um ”planeta” melhor para nós e para aqueles que virão depois de nós. Sato (2004, p. 15): “nossa tarefa ainda está longe de ser concretizada, mas os sonhos ainda permitem um lugar especial a nossas esperanças”.
Somos seres humanos. Moramos na mesma casa, Planeta Terra. Temos que nos ajudar. Acorda, o Mundo tem que acordar e, fazendo minha parte é fazer parte.
Autora: Christina Alves Mendes
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