As empresas não são apenas agentes do consumismo, mas também da sociedade.
As empresas perdem a oportunidade de ter um relacionamento mais sério e interdependente com as pessoas, pois enxergam as mesmas somente como consumidores.
Na emocionante corrida para o crescimento e desenvolvimento, o dano ocasionado ao nosso planeta poderá tornar-se irreparável. Quem sabe um dia até voemos à lua, mas, teremos motivos para voltar ao nosso planeta? Não é somente sobre a degradação ambiental – Nossa busca incessante pela felicidade material é uma das mais perversas enganações que engendramos contra nós mesmos. E os benefícios da posse material e riqueza acabam substituindo outras dimensões de nossa vida.
Se pretendemos reformular nossas interações de maneira mais sutil, precisamos lembrar que somos criaturas relacionais e podemos buscar maneiras de reinterpretar essas relações. Identidades individuais e organizacionais – sobre o que significa ser um negócio e sobre o que significa ser um cliente – deve ser vistos de modo holístico, isto é , o todo em si, mas também fazendo parte de um sistema maior.
Uma empresa quem não tem clientes, provalvelmente não terá sucesso. E, aquela que vê os clientes somente como consumidores está cavando sua própria sepultura. Mas, a relação entre empresa e cliente não é muito mais complexa e interdependente do que conhecemos, ou seja, começa e termina apenas com uma transação baseada em condições financeiras e materiais?
Compartilhar interesses que vão além da compra e venda pode parecer uma idéia maluca, mas, como a história tem mostrado, sempre há algo que vai na contramão.
Se, no entanto, as empresas se envolverem com os clientes não apenas como consumidores, mas como cidadãos, seria a confirmação significativa da existência de algo muito maior, ou seja, de uma preocupação com a qualidade de vida das pessoas e da sociedade.
Fonte: The Guardian