Lixo orgânico zero!

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O atual modelo econômico, que é baseado na produção e no consumo em grande escala, aumentou enormemente a produção do lixo. Os gananciosos não sabem o que fazer com os resíduos, aliás, nem se preocupam com eles. As condições de saúde das populações, do meioambiente, dos ecossistemas, pioraram demasiadamente, pois as áreas disponíveis para a deposição do lixo tornaram-se escassas e a sujeira acumulada só tem aumentado à poluição das águas, dos solos e do ar. Breve chegará o momento em que estaremos com lixo por todos os lados.
A composição do lixo apresenta vários problemas. Um deles é diferenciar lixo orgânico (restos de alimentos, papéis, cascas de frutas e legumes, a comida que estragou na geladeira, podas dos jardins) do lixo inorgânico (plásticos, metais, vidros, madeiras com pinturas e vernizes).
A principal característica do lixo orgânico é a possibilidade da decomposição com intervalos relativamente curtos.
Mandar o lixo orgânico para os aterros sanitários, através da coleta pública é um enorme erro, uma saída muito fácil, mas uma atitude criminosa contra o meioambiente. A Natureza não é uma lixeira, e temos que mudar nosso comportamento com relação ao lixo orgânico, pois os prejuízos são enormes: coleta extremamente cara, proliferação de doenças entre as pessoas que buscam alternativas de sobrevivência nos aterros sanitários, situação ideal para o desenvolvimento de insetos transmissores de doenças, produção do chorume altamente poluente dos solos e dos lençóis freáticos, entre outros.
Lembrem-se: a Natureza é vingativa com quem a maltrata!
Então, a pergunta que não quer calar-se: O que faço com meu lixo orgânico? Aonde devo colocar os restos de comida, as cascas de frutas e legumes? E os galhos e as folhas, devo queimar?
E a canja que azedou na geladeira: faço o quê?
A resposta é muito simples: dêem para as minhocas, elas vão adorar!!! Minhocas? Que nojo!!
Aí esta o primeiro problema: você deve mudar sua forma de pensar, reestruturar suas maneiras de encarar a civilização, pois a civilização está acabando com nosso planeta. Ou você não sabe disso? Não vê, não ouve e não escuta!
Bom, voltemos às minhocas!
Todo mundo já ouviu falar em reciclagem de latinhas, das garrafas pet, do lixo inorgânico, não é mesmo? Não é difícil encontrar pessoas que juntam garrafas de vidro, latinhas e garrafas plásticas para vender ou para dar a alguém que venda nos ferros-velho. Muitos condomínios fazem isso, e é uma atitude correta, nada contra.
Mas porque também não reciclamos o lixo orgânico? As minhocas e outros seres iriam adorar, num trabalho silencioso e contínuo, sem cheiro, sem insetos, transformariam qualquer matéria orgânica em excelente adubo orgânico, saudável, sem agrotóxicos e ecologicamente corretos.
Você tem várias alternativas para não mandar seu lixo orgânico para os aterros sanitários, basta boa vontade, educação, e sem dúvida, uma atitude de amor com a Natureza e o planeta em que você vive.
Você pode, por exemplo, enterrar o lixo orgânico em seu quintal; pode fazer umas caixas com terra e produzir húmus, que é um excelente adubo para suas plantas e jardim; ah!, você mora em apartamento, diria “apertamento”? Como fazer?
Bom, primeiro, mude seus hábitos: faça com que a quantidade de lixo orgânico seja a menor possível; pesquise e verá que muitas cascas de frutas e legumes são aproveitáveis como ótimos alimentos e BARATOS!; comida não deve sobrar no prato! Você pode enterrar o pouco que você vai fazer sobrar em vasos, jardineiras de seu prédio, quintais e terrenos próximos. As minhocas agradecem!
Em 2005 o Instituto Akatu fez uma pesquisa com 1328 internautas e o resultado foi o seguinte:

Pergunta: O que você faz com restos de comidas?

89 votos – 6,98% – Como tudo, não deixo restos.
741 votos – 58,12% – Jogo no lixo, simplesmente.
105 votos – 8,24% – Jogo no lixo, mas encaminho para reciclagem.
103 votos – 8,08% – Reaproveito em outras receitas
237 votos – 18,59% – Faço composto orgânico

Então, lixo orgânico zero! Você pode, eu posso, todos nós devemos. Assuma esse compromisso com a Vida!

LIXO ORGÂNICO ZERO!

Autor: Walter Antonio Pereira

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