Uma das maiores tristezas da cidade de São Paulo, o Rio Pinheiros poluído, pode encontrar uma solução definitiva para combater sua poluição. A Faculdade de Saúde Pública da USP irá testar a tecnologia de nanobolhas para a melhoria da qualidade da água do Rio Pinheiros. Os testes, que analisará a eficiência da tecnologia, irá acontecer em dois canais da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae).
Segundo Paula Vilela, engenheira responsável pela pesquisa para pós-doutorado no Departamento de Saúde Ambiental da FSP, explica que a tecnologia já vêm sendo utilizada em outros países com muito sucesso na despoluição de águas superficiais. “Pode ser utilizada em qualquer sistema de aeração artificial de meios aquáticos”, afirma.
Um gerador que produz nanobolhas em dimensões inferiores a 50 nanômetros será utilizado nos testes, que estão previstos para começar em um meses. “Não existe uso de produtos químicos ou geração de resíduos”, garante Paula. Uma bomba centrífuga será integrado com o gerador de nanobolhas, bem como uma cápsula geradora de ozônio e um painel de comandos elétricos.
A depuração dos contaminantes deve acontecer como resultado do movimento das nanobolhas, que se comportam diferentes das bolhas que conhecemos! Elas não flutuam em direção à superfície nem se rompem rapidamente – podem durar horas.
Segundo a engenheira, testes preliminares realizados em abril de 2017 superaram as expectativas dos pesquisadores. Após o uso do gerador de nanobolhas, a água antes carregada de poluição ficou sem odor e sem cor. As análises laboratoriais revelaram, ainda, outros resultados positivos, com significativa redução de contaminantes.
Com informações do Jornal da USP
Autoria: Jéssica Miwa – Mãe do Gael, Googler, jornalista e cofundadora do The Greenest Post. Acredita em pequenas ações que podem mudar o mundo.