Instituições se unem para proteger o papagaio-chauá

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Papagaio-chauá. Foto: Carlos Garske.

Papagaio-chauá. Foto: Carlos Garske.

O Brasil sempre abrigou uma vasta variedade de espécies de papagaios em todo o seu território, o que nos concedeu, já no século XVI, o nome de Terra dos Papagaios. Entretanto, hoje, estamos sendo reconhecidos por outra característica nada agradável: somos os recordistas em número de espécies ameaçadas de extinção.

Para reduzir essa estatística desfavorável, o Grupo Assessor do Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Papagaios da Mata Atlântica (PAN Papagaios) promove várias ações de monitoramento da espécie, entre elas, o projeto papagaio-chauá (Amazona rhodocorytha), considerado a espécie sobre a qual se tem menos dados.

O “ilustre desconhecido” é uma ave de grande porte, com 40 cm de comprimento, e espécie endêmica da Mata Atlântica brasileira, das serras do mar e baixadas. Habita em florestas tropicais úmidas tanto das baixadas litorâneas quanto das regiões altas do interior. A maior concentração está no estado do Espírito Santo, embora esteja também presente em áreas florestais no sudeste da Bahia e nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Outros locais são o norte do estado de São Paulo e no município de São Miguel dos Campos, no leste de Alagoas.

Classificado como Em perigo de extinção pela IUCN, o papagaio-chauá enfrenta a degradação do seu habitat, a Mata Atlântica, a exploração predatória e o tráfico ilegal.

O monitoramento do Amazona rhodocorytha é desenvolvido pela Fundação Neotrópica do Brasil, pelo Parque das Aves e conta com o apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, Sociedade de Pesquisa em Vida Silvestre e Educação Ambiental (SPVS) e Centro de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave).

O Projeto papagaio-chauá tem realizado pesquisas sobre biologia reprodutiva da espécie, atividades de educação para a conservação e geração alternativa de renda. “A ideia é alertar a população contra os danos decorrentes do tráfico de animais silvestres e mostrar a importância de manter a integridade dos ambientes onde vivem”, ressalta Gláucia Helena Fernandes Seixas, coordenadora geral do projeto.

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