Nossa responsabilidade para com o meio ambiente

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Autora: Leila Melhado

O que iremos deixar para as gerações futuras? Como reatarmos com a mãe Natureza através de pedidos de desculpas por inúmeros atos de insanidade, crueldade e ignorância?
Todos nós poderemos em comunhão com a natureza (ensinam os gloriosos Boff e Hans Jonas” – a ética da responsabilidade associada à ética da compaixão interligando-se ao entendimento com a natureza”) modificarmos o nosso ecossistema.
Essa aliança transformará,sim as novas gerações! A perfeita integração de novas atitudes,com os princípios básicos de respeito, amor e compaixão com a natureza.

É preciso ter consciência que cada ação individual contribuirá para melhorar o nosso Meio Ambiente. Entre as várias maneiras de ajudar a preservar o nosso bairro, a nossa cidade,o nosso Estado, o nosso País e por que não o mundo é a integração entre políticas e planejamento. O envolvimento de amplos segmentos sociais, a participação popular, o incremento da cidadania e a consolidação de parcerias são tomadas como premissas básicas. Comecemos a reciclar o lixo e aproveitando os alimentos por inteiro, evitaremos o desperdício.

Também devemos:

  • diminuir o consumo de energia,
  • evitar banhos demorados;
  • utilizar tecnologias com o uso de fontes energéticas renováveis;
  • preocupar-nos em desligar as luzes dos ambientes vazios;
  • evitar o consumo exagerado;
  • não comprar produtos com muitas embalagens(que só multiplicam o lixo);
  • substituir o carro que emite 4,5 toneladas de carbono por ano, pela bicicleta;
  • usar mais o transporte coletivo;
  • andar a pé ou de carona.

Todas estas são atitudes que podem colaborar na minimização do processo de aquecimento pelo qual o planeta vem passando.

É necessário rever comportamentos e, muitas iniciativas individuais, coletivas e empresariais, mostram que é possível mudar!

  • Tirar os aparelhos das tomadas;
  • desabilitar a proteção de tela do computador, que gera um consumo desnecessário de energia;
  • ter a nossa própria caneca para evitar desperdício de copinhos de àgua e café;
  • usar mídias regraváveis, drives USB e o e-mail, ao invés de CDS e DVDS tradicionais feitos de plástico.
  • Evitar trocar de celular por puro impulso e,quando o fizer, deixe o modelo antigo na revendedora para reciclagem.

Com o aumento populacional o setor agrícola teve de produzir mais alimentos e, consequentemente, o uso de fertilizantes químicos corroborou para grandes danos ao solo e a saúde humana. É preciso saber que o amplo emprego de adubos químicos causa desequilíbrio ao ecossistema, como o aumento de insetos e microorganismos nas plantações. Para exterminar o surgimento de doenças e pragas, a prática mais comum é a aplicação de agrotóxicos que culminam por contaminar o solo, os rios, lagos, mananciais, além de interferir na vida aquática.

Os metais pesados presentes nos fertilizantes contaminam os alimentos ingeridos pelo homem trazendo sérios problemas à saúde, como a osteoporose, câncer e doenças no sistema nervoso. Para tentar melhorar essa situação, a Agenda 21 brasileira recomenda criar políticas legais, educacionais e científicas de programas de monitoramento e de controle da presença de resíduos de agrotóxicos em alimentos e na natureza. Então a necessidade da produção de técnicas naturais, alimentos orgânicos, que além de dispensar o uso de agrotóxicos, também incentivam a conservação do solo e da água e a redução da poluição. Mas, para que essa intenção tenha êxito, é necessária a participação de produtores e consumidores.

O álcool(etanol) é um excelente combustível. É uma fonte de energia renovável e menos poluidora que os derivados de petróleo que poluem o ar por conta da emissão dos gases tóxicos que causam o efeito estufa, como o dióxido de carbono(CO2), além de hidrocarboneto, dióxido de enxofre e solventes (todas essas substâncias provocam problemas respiratórios, casos crônicos de bronquites, além de irritabilidade nos olhos e problemas pulmonares; como o enfisema).

Há a necessidade do extermínio das queimadas, pois as plantações de cana de açúcar, ainda utilizam esse método. O excesso de produtos químicos, como os clorofluorcarbonos-CFCs-encontrados em aerossóis, como os extintores de incêndio, alguns solventes, além de aparelhos de ar-condicionado e refrigeração, reduzem o bom ozônio e provocam buracos em sua camada.

Em vinte anos, áreas costeiras como a Baía de Guanabara, estarão sob risco por falta de oxigênio na água; nenhum organismo que depende de oxigênio conseguirá sobreviver. Isto acontecerá porque as águas costeiras recebem uma quantidade cada vez maior de dejetos industriais e residentes e agentes contaminantes, como metais pesados, fertilizantes e agrotóxicos. As águas podem ser povoadas por micróbios que não precisam de oxigênio para sobreviver e que a mantém tóxica. Essas bactérias produzem substâncias como o ácido sulfídrico. A água fica com cheiro d
e ovo podre e torna-se uma zona morta permanente (a quantidade de oxigênio é menor do que 0,2 milímetro para cada litro de água),isso é conhecido como hipóxia. Ela ocorre quando há multiplicação de bactérias aeróbicas, além do normal, consumindo todo o oxigênio da água.

A fauna e a flora marinhas morrem ou migram para onde há mais oxigênio. Com o tempo a hipóxia mata as bactérias aeróbicas e a água volta a apresentar níveis normais de oxigênio, porém esse processo pode ser interrompido pelos micróbios anaeróbicos.Segundo o professor Alexandre Turra do Instituto Oceanográfico da USP, o mesmo processo ocorrerá em trechos na Baixada Santista e na região portuária de Salvador e a região próxima da Cosipa em Cubatão (SP). O mundo tem cerca de 400 zonas costeiras mortas que cobrem uma área de mais de 245 mil Km2, o equivalente ao Estado de SP.

Todas estão ligadas às explorações humanas, como o Delta do Mississipi, no Golfo do México. Havia uma atividade pesqueira intensa na área até meados da década de 1970; hoje ela está morta. Se o Brasil não investir em saneamento o mesmo acontecerá em grandes áreas brasileiras. É preciso regulamentar as frotas pesqueiras e utilizar uma espécie de radar para evitar a pesca predatória!

O Estado de Minas Gerais derrubou 32.728 hectares de mata atlântica entre 2005 e 2008 (segundo a SOS Mata Atlântica). O consumo inadequado de papel está ocasionando uma irrefreável diminuição das florestas.

Creio que há saídas sustentáveis para assegurar com consciência, atitudes e sentido ético à sobrevivência do nosso amado planeta.

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