Atitude Consciente

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Na semana de comemoração do “Dia da Terra”, 22 de abril, também marco histórico do “Descobrimento do Brasil”, canais abertos de TV capitalizam audiência no Caso Isabella, enquanto canais fechados como Discovery, Natgeo, History, entre outros comprometidos com informação de qualidade, desenvolvem campanhas para mudança de comportamentos degradadores para ações de atitude consciente com o ambiente onde vive. A mensagem é clara e mobiliza indivíduos para refletir e agir sobre o quê realmente conta, o que é importante fazer, já, para preservar o Planeta diante da incrível, veloz e voraz capacidade destrutiva do Ser Humano, desafiando leis Divinas e Físicas.

Se você quer fazer parte daqueles que fazem o bem, veja algumas dicas sobre consumo e atitudes conscientes. Substituir ou eliminar, gradualmente, o uso do plástico. Segundo pesquisas de especialistas o plástico é um vício recente e passou a fazer parte das nossas vidas há menos de 60 anos. Até hoje não se sabe ao certo quanto tempo leva para se degradar no ambiente. Estudos recentes indicam que pode levar cerca de mil anos para que este produto da cultura descartável possa se decompor completamente. Enquanto isso o dinheiro corre solto para alimentar a perversa política de aterro sanitário, lixão, que comportem mais de 200 toneladas de plástico, produzidas anualmente. Os efeitos do plástico sobre os animais marinhos é terrível e compromete o maior e mais diverso dos ecossistemas.

O plástico que vai parar em alto mar, jogados dos navios, barcos de pescas, banhistas e desavisados em geral, é quebrado em pequenos pedaços que flutuam na água. Esses pedacinhos não dissolvem completamente, apenas flutuam na água e são ingeridos por
aves, tartarugas e peixes que confundem esses dejetos com o seu alimento e resulta em mor te por asfixia ou por doenças terríveis, como câncer .Além disso, vários compostos químicos utilizados na produção dos plásticos (DEPH, BPA entre outros) são tóxicos para animais e seres humanos. Esses compostos não fazem parte da estrutura molecular do plástico e se dissolvem na água, contaminando nosso solo, água e alimentos.

No Brasil, estima-se que o consumo de plástico seja de 20 kg per capita- ano, número pequeno se comparado a outros países, mas tem aumentado de forma célere nos últimos anos, conforme aumento do PIB. O que alguns podem ver como índice de desenvolvimento reflete, efeitos danosos já experimentados e até reprovado, paradoxalmente, por “países desenvolvidos”.

Nós podemos combater essa forma de poluição fazendo o seguinte:

1) RECICLE: separe os vidros, alumínio e plástico e leve para o centro de reciclagem se não houver coleta na sua rua. Se estiver na rua, não jogue o que pode ser reciclado no lixo comum! Leve sua garrafinha PET pra casa se for preciso. No Brasil, somos campeões na reciclagem do alumínio, pela triste razão de termos tantas pessoas passando necessidades que catam do lixo esse material que tem valor econômico. O plástico porém é diferente. O custo de reciclagem é
alto, valor de troca, portanto baixo, e por isso os catadores de lixo não fazem o trabalho sujo por nós. Vamos comunicar para aos nossos representantes públicos que a reciclagem é um serviço importante para nós.

2) REUTILIZE: reutilizar frascos e vasilhas plásticas para guardar alimentos na geladeira é uma forma inteligente e ecologicamente correta de economizar e ajudar o ambiente, porém o mais
importante é reduzir o consumo de plástico.

3) VAMOS PARAR DE ACEITAR SACOLAS PLÁSTICAS DAS LOJAS: vamos levar as nossas cestas e sacolas de compras para o supermercado como se fazia antigamente. Vamos carre- gar uma sacola dessas conosco sempre, para evitar ter que levar a tal sacolinha pra casa por que não há outra opção para carregar a compra. Vamos deixá-las no carro, levar na mochila carregar na bolsa! Alguns supermercados oferecem a sacolinha biodegradável. Elas são um avanço, mas de forma alguma a solução, pois também podem causar contaminação por resí- duos químicos, além de consumir recursos naturais para a sua fabricação. Essas sacolas deveriam ser usadas apenas para dispor do nosso lixo doméstico para a coleta de lixo e não para carregar nossas compras pra casa! Quando o empacotador da loja vier para por nossas compras nas tais sacolinhas, vamos sorrir, agradecer e pedir que os façam utilizando as nos- sas cestas e sacolas. N&atild
e;o há vergonha alguma nisso.

Muitos europeus já fazem isso há mais de uma década. Nos Estados Unidos as pessoas estão finalmente aprendendo a fazer o mesmo, depois de décadas de poluição! Vamos fazer no Bra-sil, também. É verdade, dificulta um pouco a vida, mas os benefícios valem muito à pena!!!!

4) VAMOS DAR PREFERÊNCIA À PRODUTOS QUE VÈM COM MENOS EMBALAGENS
OU EM RECIPIENTES DE VIDRO E METAL: esses materiais são menos tóxico e mais reciclá- veis.

5) ESPALHE A IDÉIA: vamos contar para todos qual a importância de reduzir o consumo de plástico e tentar envolver nossos amigos e família nessa tarefa; vamos reclamar e parar de comprar de lojas, restaurantes e marcas que não facilitam para que nós possamos diminuir o nosso consumo de plástico; vamos viver felizes, saudáveis e bonitos com a nossa decisão de respeitar a nós mesmos e ao planeta em que vivemos- com certeza isso irá inspirar os outros à fazer o mesmo e por um fim à esse vício global do plástico, um material que em todos os estágios da sua p rodução e existência põe em risco o que há de mais valor: A VIDA!

É verdade, nós não podemos resolver todos os problemas do mundo, mas isso nós podemos fazer: reduzir nosso consumo de água, eletricidade e materiais descartáveis, principalmente de plástico, começando HOJE!!!


Autoria: Liliana Peixinho – Jornalista, educadora e ativista ambiental
Fundadora dos Movimentos AMA e RAMA

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