A água que hoje represa
A sede de muitos vai matar
A luz que é uma beleza
Até de noite vai clarear
A tristeza, com ela, também veio
E hoje estou a chorar,
Pois eu sou um ribeirinho
E tenho que me mudar
Essa tal de usina hidrelétrica
Por mim não existiria
A água pelo rio passaria
E no mundo haveria mais alegria
Disseram também que com ela o plantio iria melhorar
Que nada! Só inundação
Levando todo o meu arroz
E todo o meu feijão
Eu, que todo dia gostava de pescar
Nem perco mais tempo de tentar
Os peixes sumiram
E o anzol nem quer beliscar
Bom, vou para outra terra
Essa vou deixar
Pois a água tomou conta de tudo
E aqui não vou ficar
Ivan – 1º ano, Ensino Médio