Não podemos ter paz, não podemos ter sustentabilidade – se não tivermos PAZ INTERIOR E SERENIDADE para isso. Por quê? Não observamos mais a cor do céu em uma tarde de Outono; o nascer do sol durante o verão, as gotas de orvalho nas folhas – pequenos prismas refletindo o sol! Não caminhamos mais descalços na terra para absorvermos a energia sutil da natureza que nos é dada de graça… Garoa no rosto! O cantar dos pássaros urbanos, por que não? Eles ainda existem, ou melhor, ainda RESITEM… Esquecemos-nos de observar e principalmente de “sentir” os detalhes que estão e, estarão sempre acontecendo ao nosso redor. Não temos mais “tempo” para isso… Perdemos o contacto com o sutil, com a natureza… Perdemos-nos dela e por conta disso – perdemos o contato com nós mesmos! Estamos cada vez mais sós, mais isolados… Sem brilho, sem energia e, sem “luz”. Perdemos o contato com nossos ancestrais, com nossa ancestralidade, com nossa essência e com a nossa origem. Perdemos-nos da vida… Para vida e, para O VIVER. Sem futuro! Sem “um futuro” nos escondemos com Internet, MSN, telefone celular, e-mails, etc., etc. O excesso de informação – desinforma! Perdemos o contato humano… Perdemos o gosto do abraço. O olhar nos olhos, o toque, o cheiro. Não mais agradecemos… Não mais pedimos perdão. Não mais conquistamos! Sem agradecimentos, sem conquistas, sem pedidos de perdão, sem objetivos, o VAZIO. FRUSTAÇÃO & FUGAS.
Brincamos de gente grande, mas somos crianças presas em um cercadinho, encolhidas, escondidas e no fundo, com muito medo! Vivemos em nome da evolução e do crescimento (?) e, em nome de um materialismo absoluto, onde o que importa é: O QUE EU TENHO O QUE VOCÊ TEM, E, O QUE EU GANHO COM ISSO! Em nome do futuro, perdemos nossa localização “pessoal” tanto no tempo, como no espaço. Somos como, pequenos pacotes de água e energia eletrônica – travestida de seres inteligentes… Acabando e destruindo o planeta, degradando a camada de ozônio, aumentando o efeito estufa com queimadas e desmatamentos, poluição de todos os tipos (imagináveis ou não) – tudo em nome do progresso, da evolução!
Vivemos o hoje, o agora. Não pensamos sequer no amanhã! Não precisamos ir muito longe! Pode ser no próximo ano, ou no seguinte! Não estamos pensando de uma maneira natural e grandiosa, verdadeira… Se, estivermos realmente pensando – estamos pensando de uma maneira mínima, egoísta e individualista. Não estamos pensando em nossos filhos, nos nossos netos – da mesma maneira que nossos ancestrais pensavam
Autor: Tarso Mugnai Marraccini
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